O centro cultural de Heredia, nesta cidade, acolheu a gala inaugural, na qual foi apresentado um espectáculo variado, expressando a diversidade cromática do som e da dança das Caraíbas, uma celebração nesta ocasião dedicada ao estado da Bahia, da República Federativa do Brasil, cujo talento artístico esteve presente.

Orlando Vergés, director da Casa do Caribe, no seu discurso de abertura, enviou mensagens de solidariedade ao povo palestiniano que sofre o genocídio perpetrado por Israel e às nações das Caraíbas actualmente atingidas pelo furacão Beryl.

Dedicou também palavras de homenagem ao jornalista e escritor Pedro de la Hoz e ao bibliógrafo Tomás Fernández, estudiosos da cultura das Caraíbas, recentemente falecidos.

Agradeceu o apoio das mais altas autoridades cubanas, o Ministério da Cultura, bem como do Partido Comunista e do Governo de Santiago de Cuba, pela confiança depositada nos organizadores que aceitaram o desafio de organizar o festival neste contexto económico.

Destacou as semelhanças étnicas e folclóricas entre Cuba e Bahia e reconheceu o trabalho da missão diplomática cubana no Brasil e do embaixador do gigante sul-americano em Cuba, Cristian Vargas, que trabalharam em equipa para tornar possível a participação dos representantes da Bahia na Festa do Fogo.

Em seguida, Cristian Vargas transmitiu a gratidão do governo do Brasil e do estado da Bahia pela honra e alegria de ter a Festa do Fogo dedicada a eles.

O diplomata afirmou que as Caraíbas são, para o Brasil, um espaço de cooperação, solidariedade e identidade e sublinhou que Salvador da Bahia e Santiago de Cuba são culturas formadoras de identidade, muito próximas cultural e socialmente.

As actividades inaugurais foram encerradas na sede da Casa do Caribe com a exposição "Notas do Tempo", do escultor Alberto Lescay, ganhador do Prêmio Nacional de Artes Plásticas.

Estiveram também presentes Beatriz Johnson, membro do Comité Central e primeira secretária do Partido Comunista em Santiago de Cuba, e o governador Manuel Falcón.