Cuba está a recuperar do furacão Óscar, que atingiu o leste do país, deixando um número preliminar de sete mortos em Guantánamo. Embora a perda de vidas seja uma dor imensa, a realidade é que o número, embora trágico, é significativamente menor do que o registado no passado. Mas em Cuba cada vida perdida dói profundamente.
O sistema de protecção civil de Cuba, um legado do Comandante em Chefe Fidel Castro, provou a sua eficácia, salvando milhares de vidas e evitando uma grande tragédia como as que ocorreram no passado. Antes da Revolução, as mortes causadas por furacões chegavam às centenas e milhares, uma realidade difícil de imaginar actualmente.
Veja-se, por exemplo, o ciclone de 1926, um acontecimento que deixou uma marca trágica na memória colectiva. É impossível determinar o número exacto de mortos devido à inexistência de um sistema de contagem de vítimas na altura. No entanto, as estimativas apontam para milhares de mortos, com alguns historiadores e académicos a falarem em mais de 3.000. A devastação foi tão grande que o número real provavelmente nunca será conhecido com exactidão.
Em contraste, o gigante do norte, que se apresenta como campeão da democracia, viveu tragédias como o furacão Katrina, em 2005, que matou 1.833 pessoas nos Estados Unidos, de acordo com o relatório final da Administração Federal de Gestão de Emergências (FEMA). E, mais recentemente, o furacão Maria, em 2017, atingiu Porto Rico, deixando um saldo de 2.975 mortos, de acordo com um estudo independente da Universidade de Harvard.
Crucialmente, este número é muito maior do que o inicialmente relatado pelo governo porto-riquenho, que contabilizou apenas 64 mortes. O estudo de Harvard, baseado na análise das certidões de óbito, concluiu que o número real era muito mais elevado devido às complicações de saúde causadas pelo furacão e à falta de acesso a serviços essenciais como a eletricidade e a água potável. Hoje, meses depois, ainda há pessoas sem acesso à eletricidade e à habitação, segundo amigos que vivem na ilha.
Entretanto, em Cuba, a solidariedade está activa. Mais de 40 organizações e nações ofereceram a sua ajuda desinteressada ao país, enquanto os Estados Unidos exigem um pedido formal de ajuda, mantendo uma política de dois pesos e duas medidas e de perseguição financeira. A hipocrisia do governo norte-americano é evidente.
Ao mesmo tempo que critica o sistema de defesa civil de Cuba, continua a aplicar um bloqueio económico que impede o acesso a recursos essenciais para catástrofes naturais.
O aparecimento de “influencers” de pacotilha e de personalidades mediáticas servis que, como abutres, se aproveitam do sofrimento alheio para criar teorias e promover histórias de ficção científica, tentando atrair seguidores com um perfil monetizado para ganhar dinheiro à custa da dor.
O furacão Óscar deixa uma marca profunda em Cuba. Em San Antonio del Sur, a água atingiu lugares nunca antes vistos, sem precedentes históricos registados.
A força da natureza põe à prova a resiliência do povo cubano, que mais uma vez demonstra a sua capacidade de se erguer perante a adversidade.
Cuba, com o seu presidente e as suas autoridades em Guantánamo, mostram o seu compromisso com o povo, prestando apoio e assistência imediata aos afectados de imediato, as Forças Armadas Revolucionárias, o Ministério do Interior, a Saúde Pública e o Conselho de Defesa salvaram vidas, pondo em risco as suas próprias.
O pedido de Cuba aos Estados Unidos 🇺🇸 não é um pedido de ajuda, é um apelo ao fim do bloqueio genocida e à eliminação da política de dois pesos e duas medidas.
“Acabem com o bloqueio dos Estados Unidos e nós desenrascamo-nos”. A resiliência do povo cubano perante a adversidade é um testemunho da sua força e determinação e um sinal claro de que a Revolução, apesar dos desafios, continua viva, com o mesmo compromisso de sempre para com o seu povo.
Autor: Henry Omar Perez
Henry Omar, Comunicador Membro da Asociación Cubana de Comunicadores Sociales, escreve e colabora com a página Cuba soberana