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Ben Gvir apela à execução de prisioneiros palestinianos com um “tiro na cabeça”

Israel mantém quase 10.000 palestinianos nas suas prisões e campos de detenção, onde a tortura é generalizada

O ministro israelita da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, apelou à execução dos prisioneiros palestinianos nas prisões israelitas, noticiou a WAFA a 30 de junho.


Numa declaração em vídeo, Ben-Gvir disse que Israel deveria matar os prisioneiros palestinianos com um "tiro na cabeça".


Apelou à aprovação do projeto de lei no Knesset israelita para a execução dos prisioneiros, afirmando que lhes deveria ser dada apenas comida suficiente para os manter vivos até a lei ser promulgada.


A Assembleia Geral do Knesset israelita aprovou a leitura preliminar do projecto de lei no início de Março de 2023.


A proposta de lei, que necessita de mais duas leituras no Knesset para entrar em vigor, obriga os tribunais a impor a pena de morte aos palestinianos que tenham levado a cabo operações de resistência contra os ocupantes israelitas. A lei descreve estes palestinianos como aqueles que "cometeram um crime de homicídio motivado pelo racismo e com a intenção de prejudicar o Estado de Israel".

Em abril, Ben Gvir defendeu a morte de prisioneiros palestinianos para aliviar a "sobrelotação" das prisões israelitas.


Israel detém milhares de palestinianos na sua rede de prisões e campos de detenção, onde a tortura e a violação de homens e mulheres é generalizada.


As detenções e raptos de palestinianos na Cisjordânia e em Gaza dispararam desde o início da guerra de Israel contra Gaza, em Outubro.


A Associação de Prisioneiros Palestinianos (APP) disse à Reuters no início deste mês que Israel raptou mais de 9.170 palestinianos da Cisjordânia desde 7 de Outubro. Israel fez "desaparecer à força" outros milhares de pessoas de Gaza e recusou-se a revelar o número de palestinianos detidos em Gaza.


"Nós saímos, mas pedimos-vos que libertem os restantes", afirmou Ataa Shbat, antigo detido, após a sua libertação. Segundo ele, muitos detidos acreditavam que as suas famílias partiam do princípio de que estavam mortos.


"As pessoas estão a morrer. Tortura que não se pode imaginar a não ser que a provemos (experimentemos). Sofrimento que não se pode imaginar a não ser que o experimentemos", disse.

Pelo menos 18 palestinianos morreram sob custódia israelita desde o início da guerra, acrescentou a APP, incluindo seis de Gaza.


Entre eles estava o cirurgião ortopédico Adnan al-Bursh, que as forças israelitas torturaram até à morte depois de o terem detido durante quatro meses.


Alguns dos relatos mais horríveis de tortura israelita foram feitos por antigos detidos no centro de detenção israelita de Sde Teiman.


O New York Times noticiou no início deJjunho que os detidos de Gaza estavam a ser violados com varas de metal em brasa e a levar choques em cadeiras eléctricas no campo deserto.


A notícia do Times vem na sequência de revelações feitas pela CNN de que os guardas israelitas algemavam os detidos palestinianos com tanta força que os médicos inexperientes do campo eram obrigados a amputar-lhes os membros.


A CNN acrescentou que em Sde Teiman, o "ar está cheio do cheiro de feridas negligenciadas deixadas a apodrecer".

Fonte:

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