Gaza sofre a sua pior crise humanitária com mais de 53.000 mortos
A escassez extrema, os ataques constantes e os hospitais sitiados estão a agravar a catástrofe humanitária em Gaza, alertam a Unrwa, os médicos e as autoridades palestinianas.
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) alertou na terça-feira que a Faixa de Gaza está a enfrentar a pior crise humanitária desde o início da ofensiva israelita em outubro de 2023.
O cerco militar e a paragem total dos abastecimentos vitais conduziram a um colapso sanitário, à escassez de alimentos e a um número recorde de vítimas.
Segundo a Unrwa, “a única coisa que entra em Gaza agora são bombas, e não há nenhum sítio seguro em todo o enclave”.
The #Gaza Strip is likely facing its worst humanitarian crisis since October 2023.
— UNRWA (@UNRWA) May 20, 2025
Intensified Israeli bombardments from air, land, and sea have resulted in hundreds of casualties and mass displacement. For 11 weeks, Israeli authorities have deliberately blocked all supplies to… pic.twitter.com/IBROQ40Rb4
A entidade denunciou que durante 11 semanas “Israel” bloqueou completamente a entrada de ajuda humanitária, enquanto intensificava os seus ataques por ar, terra e mar.
O subsecretário-geral das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários, Tom Fletcher, afirmou que a autorização de apenas nove camiões de mantimentos “equivale a uma gota no oceano” em comparação com as necessidades reais da população.
Corresponsal de Al Mayadeen en la Franja de Gaza reportó que la hambruna ha alcanzado su etapa más peligrosa en Gaza.
— Al Mayadeen Español (@almayadeen_es) May 19, 2025
La ayuda anunciada por la ocupación es de sólo 9 camiones y muchas familias han perdido a sus miembros debido al hambre.
Otra vez es usada la inanición como… pic.twitter.com/u0tQcJKrQZ
As crianças morrem de causas evitáveis
A cirurgiã britânica Victoria Rose, que trabalha no Hospital Nasser, no sul de Gaza, descreveu um quadro devastador: crianças gravemente subnutridas, hospitais sem recursos básicos e mortes que poderiam ter sido evitadas. “Estamos a ver crianças a morrer de causas evitáveis”, afirmou.
El corresponsal de Al Mayadeen en Gaza informó que el Hospital Indonesio permanece asediado y se encuentra fuera de servicio, al igual que todos los hospitales del norte de la Franja. El hospital ha estado bajo asedio israelí desde la madrugada de ayer.
— Al Mayadeen Español (@almayadeen_es) May 19, 2025
El 18 de mayo, el Dr.… pic.twitter.com/oP2CEtYpd9
Rose exortou a comunidade internacional a intervir. “Não se trata de uma questão política, mas sim de uma questão humanitária”, afirmou, referindo a total falta de medicamentos e de material de diagnóstico.
Embora o Ministério da Saúde palestiniano tenha confirmado que o número de mártires ultrapassou os 53 475 mortos e 121 398 feridos, novos ataques estão a aumentar o número de vítimas civis.
Los niños de Gaza no conocen la infancia.
— Al Mayadeen Español (@almayadeen_es) April 7, 2025
¡Crecieron bajo el genocidio y entre los escombros!
En este hilo conozca sobre cifras desgarradoras. #Gaza #GenocidioEnGaza #IsraelGenocida #NiñosPalestinos pic.twitter.com/IqfVL7LI7m
Em apenas cinco horas, mais de 50 palestinianos, incluindo 33 crianças e mulheres, foram mortos por bombardeamentos israelitas.
O Gabinete de Informação de Gaza responsabilizou “Israel”, os EUA e os seus aliados pela prática de crimes contra a humanidade.
Ao mesmo tempo, o Hospital Indonésio, no norte de Gaza, foi cercado por franco-atiradores israelitas, informou o correspondente da Al Mayadeen. Qualquer movimento dentro do centro médico é recebido com tiros, descreveu.
No campo de Jabalia, nove pessoas foram mortas por bombardeamentos, enquanto dezenas continuam desaparecidas sob os escombros.
Pelo menos 13 pessoas deslocadas foram mortas numa escola do bairro de al-Daraj, e 28 civis foram mortos na sequência de ataques a uma estação de serviço e a casas em Nuseirat e Deir al-Balah.
As declarações do Gabinete de Informação coincidem com as palavras do antigo vice-chefe do Estado-Maior israelita, Yair Golan, que admitiu que o “exército” israelita faz guerra contra civis e mata crianças “como um passatempo”.
Neste contexto, a autoridade de Gaza exigiu que o Tribunal Penal Internacional, a ONU e as organizações de defesa dos direitos humanos intervenham para pôr termo aos massacres e levar os responsáveis a tribunal.
Fonte: