Nós, que amamos e fundamos, estamos do lado certo da história, disse Roberto Yis, um emigrante cubano que vive naquela cidade do sul da Florida, membro de Puentes de Amor, um movimento que organiza caravanas contra o bloqueio no último fim de semana de cada mês.

Perante o assédio e as provocações, cubano-americanos, amigos americanos e simplesmente pessoas de boa vontade juntaram-se a esta iniciativa, porque "não se trata de ser de direita ou de esquerda", disse o activista, que também é membro da Alianza Martiana.

Não estamos aqui para nos opormos ou confrontarmos com ninguém, "estamos aqui para pedir o que achamos que é justo", afirmou, de acordo com um vídeo publicado nas redes sociais.

A caravana é a favor da família cubana, do levantamento das sanções e da retirada de Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo, diz o apelo.

Em conversa telefónica com a Prensa Latina, Yis confirmou que cerca de 25 carros percorreram as ruas de Miami até chegarem à zona do aeroporto internacional da cidade, onde cantaram a uma só voz o hino do país onde a maioria deles nasceu.

Várias cidades americanas e de outras partes do mundo registaram manifestações de apoio à nação das Índias Ocidentais neste dia.

Pouco antes de deixar o cargo, em Janeiro de 2021, o então presidente Donald Trump reintegrou Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo, da qual foi retirada em 2015 pelo governo de Barack Obama (2009-2017).

Trump adoptou uma política de pressão máxima contra Cuba, da qual seu sucessor democrata, Joe Biden, até agora não se distanciou.

Cada caravana lembra ao actual ocupante da Sala Oval a sua promessa de campanha de reverter as políticas cruéis e falhadas de Trump.