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Carta aberta a Biden exige o cumprimento da promessa de mudança da política de Cuba

Cerca de 200 democratas cubano-americanos e centenas de americanos assinaram uma petição dirigida ao Presidente Joe Biden para que cumpra a sua promessa não cumprida de mudar a política de Cuba.

Washington- Cerca de 200 democratas cubano-americanos e centenas de americanos assinaram uma petição dirigida ao presidente Joe Biden para que cumpra a sua promessa não cumprida de mudar a política do governo dos EUA em relação a Cuba.


"Estamos extremamente desapontados e consternados com a sua inacção, falta de coragem e sensibilidade para desfazer as acções executivas drásticas e infundadas impostas pelo seu antecessor (Donald Trump)", afirma uma carta aberta publicada pela ACERE, uma coligação de organizações que se opõem ao bloqueio de Cuba e a favor da normalização das relações, noticiou a Prensa Latina.


A sua promessa de campanha de reverter a destruição infligida às famílias cubanas pela anterior administração Trump foi uma das principais razões pelas quais muitos de nós o apoiámos, recordaram.


Os signatários da carta aberta incluem dezenas de grupos cubano-americanos e norte-americanos preocupados, incluindo antigos funcionários federais, estaduais e locais; académicos; empresários, gestores e investidores.


A relação também inclui advogados; arquitectos; médicos; cientistas; criadores; incluindo artistas, músicos, cineastas e assistentes sociais.


De acordo com sondagens recentes, mais de metade dos cerca de 1,5 milhões de eleitores cubano-americanos apoiam sistematicamente a normalização das relações com Cuba, embora o apoio seja esmagador entre os democratas e os eleitores mais jovens.


Os signatários alertaram o Presidente Biden para o facto de ter de intervir inevitavelmente na política da sua administração em relação a Cuba, e que terá então duas opções: "uma nova política de compromisso com a ilha ou continuar a mesma política falhada durante a maior parte dos últimos 60 anos, como fez no seu primeiro mandato".


Só se escolher a primeira opção é que poderá conquistar uma parte importante da nossa comunidade de eleitores, para quem esta é uma questão crítica e urgente, salientaram na carta.


Mas "para além da comunidade cubano-americana, representamos a maioria da opinião americana que é a favor da normalização com Cuba e do fim do embargo que causou tanto sofrimento desnecessário a cubanos e americanos", acrescentam.


Precisamos da sua coragem para fazer o que a maioria da comunidade cubano-americana e a grande maioria dos americanos e dos cidadãos do mundo consideram correto, diz a petição.


A carta foi assinada pelo ex-vice-presidente da bancada hispânica do Comité Nacional Democrata, Jorge Quintana; pela presidente da Universidade de Washington, Ana Mari Cauce; pela fundadora e ex-directora executiva do Centro para a Democracia nas Américas, Sarah Stephens; e pelo músico e compositor Arturo O'Farrill, seis vezes vencedor de um Grammy.


Também por Andy Spahn, executivo de Hollywood e membro da Comissão de Finanças do Comité Nacional Democrata; Stuart Ashman, vice-presidente do Richardson Center for Global Engagement; Fulton Armstrong, antigo responsável pela Inteligência Nacional para a América Latina; e Andy Shallal, fundador e diretor executivo da Busboys and Poets, entre outros.

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