This website uses cookies to ensure you get the best experience on our website.
¿Cómo está la cosa?

É melhor não falamos sobre a "La cosa"

A pergunta "¿cómo está la cosa?" entrou nas nossas conversas quotidianas, tornando-se uma espécie de saudação geracional que transcende o tempo e o espaço. É como se "la cosa" tivesse o seu próprio estatuto de celebridade no universo do espanhol, um verdadeiro Voldemort linguístico: não é mencionado, mas todos sabemos o que é.

Esta denominação enigmática convida-nos a reflectir sobre as profundezas da existência, como se, de cada vez que a pronunciamos, abríssemos um portal para um mundo de incertezas. "Como vai isso?" não é apenas a procura de uma resposta; é um passaporte para a avaliação do que nos rodeia. Do trivial ao transcendental, esta expressão permite-nos falar do passado, do presente e, sobretudo, do futuro incerto que nos espera.

Se alguma vez se encontrou numa conversa em que alguém responde à sua pergunta com "O problema é que...", sabe que está num ponto de viragem. Essa pausa dramática pode significar qualquer coisa, desde uma profunda inquietação até um simples "Não faço ideia". É como se o orador estivesse a pesar o peso da "coisa" antes de abrir a caixa de Pandora.

De um ponto de vista linguístico, é fascinante como esta expressão se tornou uma saudação quase automática. Fazê-la como uma pergunta nem sempre exige uma resposta directa. Muitas vezes, já é claro para quem faz a pergunta que a resposta pode ser tão evasiva como "bem, já está" ou simplesmente passar ao tópico seguinte, como se "a coisa" fosse um elefante na sala que todos preferem ignorar.

Por outro lado, temos as variações de "¿qué cosa" e "¡qué cosa! A primeira, com o seu tom interrogativo, tornou-se uma das frases mais utilizadas na linguagem popular cubana para exprimir espanto ou incredulidade. Imagina que alguém te diz que conheceu um cão falante; tu, espantado, responderias: "¿Qué cosa? Por outro lado, a exclamação "que coisa!" é geralmente um reflexo de pesar ou desinteresse, como quando alguém lhe diz que a sua equipa perdeu o jogo e você só consegue dizer "que coisa!

Para ilustrar melhor como "a coisa" se move nas nossas conversas, eis alguns exemplos jocosos:

1. Numa reunião de família:

  • Tío: “¿Cómo está "la cosa"?”
  • Eu: "Não vamos falar sobre 'la cosa', já me está a dar dor de cabeça.

2. No trabalho:

  • Colega: "Como está "la cosa! com o projecto?
  • Eu: "La cosa!" está tão complicada que acho que precisamos de um mapa e de uma bússola.

3. Conversa entre amigos:

  • Amigo: E tu? Como está "la cosa"?
  • Eu: "La cosa" está tão estranha que até a minha planta começou a chorar.

4. Nas ruas

  • Desconhecido: "Como está "la cosa!?
  • Eu: "La cosa! estão tão tensas que nem os gatos se atrevem a miar

Por isso, da próxima vez que alguém lhe perguntar "como está la cosa?", lembre-se que não está apenas à procura de uma resposta; está a abrir a porta a um universo de possibilidades e talvez, apenas talvez, seja melhor deixar "a coisa" no ar. Afinal de contas, há algumas coisas que é melhor não discutir.... especialmente em público!

Autor:

image


Henry Omar Perez

Comunicador Membro da Asociación Cubana de Comunicadores Sociales, escreve e colabora com a página Cuba soberana

Deixar uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *


Math Captcha
5 + 2 =


7b04795eec6df9aa76f363fc6baec02b-us20