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Congestionamento das delegações e ameaças de guerra contra o Líbano

O que é que a resistência preparou para a guerra, mesmo que não a tenha pedido?

Para compreender "Israel" é necessário chamar a atenção para questões importantes sobre a sua natureza e as suas decisões; se não prestarmos atenção a isto, cometeremos erros na avaliação do seu comportamento e da forma como ela se conduz ao suicídio e ao desaparecimento.


A abordagem científica e analítica deve ter em conta que "Israel" é um Estado artificial e não é natural na sua estrutura, desenvolvimento e formação, tal como os Estados Unidos são um Estado e um regime que se estruturou através da força, da coerção e da aniquilação dos povos originários; por isso, as estruturas, as acções e os mecanismos de decisão em ambos os Estados não devem ser analisados como emanando de Estados tradicionais, estabelecidos, emergentes e historicamente acumulados.


Para além do facto de "Israel" não ser um Estado natural, é notório que se transformou num Estado de extrema-direita e religioso e que caiu nas garras de Benjamin Netanyahu, cuja única preocupação com a sua posição de liderança, e a única coisa que procura da guerra e do futuro, é proteger-se a si e à sua equipa, mesmo que isso leve à destruição e ao fim de "Israel"; Por estas duas razões e muitas outras, encontra-mo-lo em Gaza e na sua guerra, violando as regras e os ensinamentos das escolas militares sobre a condução dos conflitos armados dos exércitos e das sociedades.


Netanyahu e Yoav Gallant declararam a guerra como existencial, estabeleceram objectivos impossíveis de atingir e lançaram o seu exército numa guerra terrestre, ignorando as recomendações dos especialistas em ciência militar e em guerra, insistindo obstinadamente nela apesar dos fracassos e das enormes perdas sofridas pelo exército, pelo Estado e pela sociedade israelitas; ao cometerem loucuras e aventuras com consequências não calculadas, uma das quais é conduzir "Israel" a uma armadilha estratégica, envolvendo-o numa guerra de desgaste que não pode suportar.


Neste contexto e apesar de toda a informação obtida e do que diz a ciência com as suas diferentes escolas, e apesar do desenvolvimento dos acontecimentos e das realidades vividas, que confirmam a derrota de "Israel" em qualquer guerra contra a resistência libanesa.

Apesar dos avisos dos israelitas e do que foi escrito e dito pelos seus peritos e figuras dos media, que a força da resistência no Líbano é mil vezes maior do que a de Gaza, bem como a sua superfície, as suas oportunidades, as suas armas e os seus homens, e que "Israel", após 95 dias de fracassos em Gaza, se tornou cem vezes mais fraco desde a operação do Dilúvio de Al Aqsa, mas Netanyahu e Gallant continuam a ameaçar e a fazer declarações sobre a intenção de "Israel" de se envolver, conduzindo a uma armadilha estratégica e mortal no Líbano.


Fá-lo-à? Ou será que se trata apenas de manobras mediáticas, ameaças vazias e intimidação para os mediadores e as delegações europeias que afluem em massa ao Líbano, numa tentativa de obter ganhos, aos quais al-Sayyed Nasrallah pôs um fim enfático ao declarar que não haverá negociações, diálogo ou interacção até depois do cessar-fogo em Gaza, e a sua declaração é categórica.


Se Netanyahu insistisse nas suas ameaças e conduzisse "Israel" à armadilha estratégica e impusesse a guerra ao Líbano, qual seria o resultado?


Para começar, pode afirmar-se com certeza, com base nos dados factuais actuais, que "Israel" exerceu e utilizou todos os elementos de que dispunha em Gaza e, apesar disso, está a ser derrotado, e utilizou também todos os elementos do poder de todos os seus aliados e todos os líderes do mundo anglo-saxónico se juntaram a ele, e chegaram as frotas e os peritos americanos, a força aérea britânica, milhares de mercenários, os fuzileiros navais e a Delta Force das forças de elite americanas e, apesar disso, não se conseguiu nenhuma vitória e nenhum resultado palpável para "Israel", por isso, o que aconteceria se fosse imposta uma guerra com o Líbano?


O eixo da resistência uniu as frentes, uniu os campos de combate, coordenou os seus fogos e estabeleceu o papel de cada frente, impôs e está a ganhar uma guerra nos mares e nos corredores marítimos, impôs regras de combate às bases americanas na Síria e no Iraque, e começou a utilizar a geografia e as vastas extensões que ultrapassam os três milhões de quilómetros quadrados e não os 360 quilómetros em que Gaza está confinada; A geografia e a resistência do Líbano estão abertas à Síria e ao Iraque, para além de ser uma extensão do Irão, e o partido tem bases na Síria, no Iraque, e também temos as forças de concentração Popular, o Exército Árabe Sírio e as suas forças de apoio que estão prontas para entrar em combate no caso de começar uma guerra com o Líbano; e estão prontas para se envolverem e activarem as suas frentes com o fogo do seu armamento, que foi testado desde o Iraque até Haifa, Umm al Rashrash, o campo de Karish no Mediterrâneo e os postos militares israelitas no Golã; assim como foram testados os drones e os mísseis dos Huthis no mar e no sul da Palestina. 

Na guerra devastadora, a Guerra do Juízo Final, a geografia e a população desempenhariam um papel fundamental na obtenção de resultados, e em ambas "Israel" é muito fraco e não tem margem de manobra para compensar;  o número de sionistas na Palestina não ultrapassa os quatro milhões, enquanto o número de povos envolvidos nas arenas do eixo da resistência ultrapassa os duzentos milhões, e a geografia da Palestina não ultrapassa os 27 mil quilómetros, grande parte dos quais ocupados por palestinianos, enquanto as áreas geográficas do eixo da resistência ultrapassam os três milhões de quilómetros quadrados...


Seja qual for o método, a lógica ou a ciência militar e bélica, a derrota de "Israel" será rápida e definitiva, e o seu desaparecimento será uma questão de dias, não de semanas ou meses, mesmo que sejam utilizadas armas de destruição maciça, uma vez que o eixo da resistência, pela sua geografia e população, pode tolerar um tal ataque, mas "Israel", pelas mesmas duas razões, não pode suportar a perda de dezenas de milhares; e o eixo e as suas facções, se não possuírem armas nucleares e qualquer coisa que se assemelhe a armamento sujo, podem ter como alvo a costa de Haifa e os seus depósitos químicos, e podem ter como alvo o reactor de Dimona.


A resistência no Líbano, embora tenha oferecido cento e cinquenta mártires, entre quadros e dirigentes, a sua estrutura, o seu armamento e os seus armazéns, repletos de centenas de milhares de drones e de mísseis precisos e destruidores, ainda intocados, a guerra, revelou o potencial criativo na engenharia dos confrontos, e nos tipos de armas e alvos em que infligiu baixas, destruindo a linha de defesa electrónica do inimigo e as suas fortificações, e com os seus ataques contra os quartéis-generais de comando e controlo, proporcionou o palco certo para iniciar ataques em grande escala para libertar a Galileia e chegar aos arredores de "Telavive"; É também a preparação e a prontidão no Golã, que fica a poucos quilómetros da Cisjordânia, executando os planos e preparando o número de combatentes e a força correspondente para se coordenar com as forças de al-Radwan no norte e fazer entrar homens e armas na Cisjordânia, permitindo-lhe levantar-se, revoltar-se e tornar-se o teatro de guerra que pode dar o golpe de misericórdia em "Israel". 


É assim que se desenrolam os acontecimentos reais e o equilíbrio de forças decisivo, e a guerra com o seu desfecho será decidida rapidamente, "Israel" não terá a geografia, nem a liderança, nem os teatros de operações para concentrar as suas forças e manobrar, nem para utilizar aviões e mísseis para assegurar a sua protecção e a protecção das suas forças e da sua frente interna.


Terão os generais de "Israel", dos Estados Unidos e da Organização do Atlântico Norte (NATO) ignorado estes factos? A resposta é certamente não, mas se Netanyahu proceder e conduzir "Israel" ao seu próprio massacre, será devido às suas próprias características e é o mesmo que está a fazer em Gaza.


Qual é a posição dos EUA, da NATO e do Irão nesta guerra?


Responderemos com factos e dados reais e vividos...

Fonte:

Autor: Mikhael Awad

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