Desde 2014, esta data é celebrada todos os dias 23 de Junho para promover a participação das mulheres e reconhecer os desafios que enfrentam.

O evento tem como objectivo aumentar a sensibilização internacional para o valor da engenharia como uma importante oportunidade de carreira para as novas gerações.

Chama também a atenção para a necessidade de colmatar as lacunas de género e promover a inclusão e a diversidade nestas disciplinas.

Em 2024, a celebração gira em torno do lema "enhanced by engineering" (reforçado pela engenharia) para realçar o trabalho das mulheres em prol do desenvolvimento, do bem-estar das pessoas e da construção do futuro.

O Dia Internacional da Mulher na Engenharia foi criado em 2014 pela Women's Engineering Society (WES) do Reino Unido, por ocasião do seu 95.º aniversário.

Esta sociedade académica profissional, criada em 1919 após o fim da Primeira Guerra Mundial, foi a primeira a reunir mulheres em trabalhos de engenharia para substituir os homens envolvidos na guerra.

Mais tarde, em 2016, a data foi patrocinada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

Em 2017, o dia assumiu um carácter internacional.

Entre as mulheres engenheiras que fizeram história no mundo estão Elisa Leonida Zamfirescu, da Roménia: a primeira mulher engenheira do mundo licenciada com distinção em 1912, dedicada à investigação e ao ensino da geologia.

Há também o caso de Hedwig Eva Maria Kiesler, mais conhecida por Hedy Lamarr, nascida em Viena e grande estrela do cinema de Hollywood, que concebeu e patenteou a transmissão por espectro alargado com salto de frequência (FHDD), em cujos princípios se baseiam o GPS, o Bluetooth e o wifi.

Também merecem reconhecimento as americanas Emily Roeblin, responsável técnica pela construção da ponte de Brooklyn, concluída em 1883, e Helen Augusta Blanchard, conhecida como "Lady Edison" e autora de 28 patentes de máquinas de costura, nomeadamente a máquina de costura em ziguezague, criada em 1873.