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Díaz-Canel no México participou numa reunião sobre migração

Convocado pelo Presidente Andrés Manuel López Obrador, o "Encontro vizinhança fraterna com bem-estar" realizou-se este Domingo em Chiapas, com o objectivo de articular soluções globais para o ciclo migratório na região da América Latina e das Caraíbas.

CHIAPAS - O Presidente da República de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, chegou ao México no domingo de manhã para participar no "Encontro de Palenque: por uma vizinhança fraterna com bem-estar", uma reunião convocada pelo Presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador com o objectivo de abordar a questão da migração.


O chefe de Estado da ilha participarou na sessão plenária deste encontro - de acordo com a agenda oficial, foi ser por volta do meio-dia - que contou com a presença de presidentes e representantes de alto nível de 11 países: Belize, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, Panamá e Venezuela. Os presidentes Nicolás Maduro, Xiomara Castro e Gustavo Petro confirmaram a sua participação.


O Presidente cubano foi acompanhado pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez Parrilla, pelo Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros, Carlos Fernández de Cossío, e por outros funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros.


Como AMLO explicou nos últimos dias, a reunião contou com a presença "basicamente dos países onde há mais emigração ou por onde passam os migrantes". Na sua Mañanera de 13 de Outubro, López Obrador referiu-se à preocupação de que "o fluxo migratório está a aumentar e temos de procurar acções, atendendo às causas".


Procuramos ajudar-nos mutuamente para que as pessoas tenham opções, possibilidades de permanecer nas suas cidades. A questão da migração deve ser abordada, acrescentou, respeitando os direitos humanos, oferecendo opções e protegendo os migrantes.


O Presidente mexicano referiu também que procura a cooperação dos Estados Unidos, que devem estar mais envolvidos na abordagem das causas, não pensando apenas em muros, em militarizar a fronteira, mas em atender às necessidades das pessoas, sublinhou no seu programa regular.


De acordo com informações do Ministério dos Negócios Estrangeiros mexicano, no ano passado 2,58 milhões de pessoas atravessaram a fronteira entre o México e os Estados Unidos; 314.268 atravessaram a fronteira sul do México; e 248.284 atravessaram o Estreito de Darien.


De Janeiro a Setembro de 2023, os números apontam para 1,75 milhões de pessoas a atravessar a fronteira entre os Estados Unidos e o México; 1,13 milhões a atravessar a fronteira sul do México; e 428.696 a atravessar o Estreito de Darien.


O Ministério das Relações Exteriores do México também anunciou que o maior número de emigrantes vem da Venezuela, Honduras, Guatemala, Colômbia, Equador, Haiti, Cuba e Nicarágua, nessa ordem.


O presidente Díaz-Canel abordarou na reunião as posições de Cuba sobre um fenómeno que historicamente tem tido um impacto na ilha, sobretudo devido à política de bloqueio que o governo dos EUA mantém há mais de 60 anos.


Numa entrevista recente, o chefe de Estado cubano afirmou que "em vários momentos, e especialmente quando estivemos em crise económica, houve fluxos migratórios excessivos".  São situações que ocorrem ciclicamente, quando o governo dos Estados Unidos aperta a situação.  O pior é que estão a induzir uma migração ilegal e insegura, que custa vidas", afirmou.


Na entrevista acima mencionada, o presidente explicou à jornalista Arleen Rodríguez como as medidas impostas por Trump contra Cuba tinham como objectivo criar uma situação desfavorável para procurar uma explosão social em relação à migração.

Fonte:

Autora: Leticia Martínez Hernández

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