O Presidente Miguel Díaz-Canel afirmou hoje que a reinclusão de Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem como objetivo reforçar a cruel guerra económica contra a ilha.
Na rede social X, o chefe de Estado salientou que a reintegração de Cuba na designação fraudulenta, "num ato de arrogância e desprezo pela verdade", não é surpreendente e visa a dominação.
Díaz-Canel sublinhou que o resultado das medidas extremas de cerco económico impostas por Trump tem sido provocar escassez entre o povo cubano e um aumento significativo do fluxo migratório do país caribenho para os Estados Unidos.
"Este ato de escárnio e abuso confirma o descrédito das listas e dos mecanismos coercivos unilaterais do governo dos EUA", disse.
O presidente cubano afirmou que "a causa legítima e nobre do nosso povo prevalecerá e mais uma vez vencerá".
Trump, que está no cargo há apenas algumas horas, revogou na segunda-feira a ordem de apenas seis dias do seu antecessor, Joe Biden, que excluía Cuba da lista unilateral de países patrocinadores do terrorismo.
Anunciou também que iria reverter pelo menos 78 "acções executivas destrutivas e radicais" da anterior administração e afirmou que as medidas seriam "rescindidas" em cinco minutos.
Em 14 de Janeiro, Biden tomou a decisão, embora tardia, de que Cuba "já não deve ser designada como Estado patrocinador do terrorismo".
Também emitiu uma isenção para o Título III da Lei Helms-Burton, também conhecida como Lei da Liberdade, por um período de seis meses e rescindiu o Memorando Presidencial de Segurança Nacional 5 de 2017 sobre a política de Cuba para remover a chamada lista restrita.
As medidas foram recebidas como um dever de justiça elementar para com o país das Caraíbas e como um passo na direcção certa, embora o bloqueio tenha permanecido em vigor.
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