A preocupação do líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro, com as crianças e a educação desperta admiração hoje na escola que leva seu nome na urbanização Santiago, no departamento de Oruro, Bolívia.
Professores e muitos alunos expressaram emoção através de lágrimas na exibição de um audiovisual produzido pela missão diplomática de Cuba no país, durante uma visita do embaixador Danilo Sánchez e outros funcionários dessa legação.
"Foi com especial interesse que viemos aqui para saudar os protagonistas desta festa, as crianças, os professores e o presidente da Câmara de Oruro, Ahdemar Wilcaram", disse Sánchez.
Indicou que todos eles, juntamente com a direcção do Distrito 2 da Urbanização de Santiago e a Junta de Pais, tornam possível a existência desta unidade educativa.
"Queríamos que eles vissem Fidel a falar com as crianças, com os jovens, ele dedicou muito tempo à educação, e é por isso que trouxemos este audiovisual que vamos doar à escola", disse.
O Presidente descreveu a experiência humilhante de Cuba como tendo lugar no meio de um bloqueio económico, comercial e financeiro férreo por parte do governo dos EUA, face ao qual o país está a desenvolver muitas iniciativas, muitas delas dedicadas às crianças e às suas escolas.
"Em Cuba todas as crianças têm escola, mesmo que vivam nos lugares mais remotos, a educação é gratuita a todos os níveis, assim como a saúde e o desporto", disse, referindo-se ao facto de que com a ajuda de um povo unido, determinado e corajoso, as dificuldades são resolvidas.
Como recordação da visita, o embaixador ofereceu à escola um retrato de Fidel Castro com uma mensagem dedicada por este às crianças, que descreve como "as pessoas de amanhã" e "os pilares em que assenta a obra verdadeiramente bela e verdadeiramente útil".
Em declarações à Prensa Latina, José Luis Rojas explicou que durante o seu mandato à frente da Junta de Vizinhança de Santiago, nos últimos cinco anos, tentou, sem sucesso, que fosse construído um centro educativo nesta zona remota.
Sublinhou que após dois anos de esforços com os seus vizinhos do município, teve a ideia de sugerir que a unidade educativa tivesse o nome de Fidel Castro, um líder muito admirado pelo primeiro líder indígena do país serrano, Evo Morales.
Como resultado, disse ele, "quando o irmão Evo veio a Oruro para seleccionar projectos sociais, o primeiro que aprovou foi o nosso".
Por sua vez, a diretora da escola, Gina Milka Vino, disse à Prensa Latina que considera muito importante nesta área remota formar crianças educadas em todas as esferas necessárias para a sociedade atual.
"Esperamos que, no futuro, os nossos alunos possam concluir o ensino médio aqui e que alguns dos mais destacados possam ir estudar em Cuba", concluiu.
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Autor: Jorge Petinaud