O Irão está a delinear novas regras de combate, confirmando que a sua estratégia em relação a "Israel" mudou e que a decisão de atacar a entidade ocupante seria tomada numa questão de minutos.
Numa mensagem de desafio à ocupação e de compromisso de apoio total ao Líbano, Qalibaf pilota o avião para Beirute e o movimento político iraniano traz consigo uma mensagem clara: uma decisão firme foi transmitida aos americanos e aos países da região, alertando para uma resposta enérgica a qualquer agressão israelita. Como mudou a estratégia do Irão em relação a "Israel"?
O campo de batalha está a frustrar as apostas de "Israel" e dos seus aliados, e os ecos da resistência heróica contra as forças terrestres israelitas estão a chegar a Washington.
A CNN afirma que a guerra de "Israel" contra o Hezbollah chegou a um beco sem saída. Será que muitos se precipitaram ao falar do resultado?
Na política, como no campo de batalha, há sinais, mensagens e dados que não requerem grande análise: a guerra é dura e o confronto já é público.
O Irão está a tomar a dianteira, enviando os seus funcionários a vários países da região, aproximando-se dos seus vizinhos com base no princípio de que a segurança da região é uma segurança partilhada por todos. Entre estas iniciativas conta-se a visita do Presidente do Parlamento, Mohammad Baqer Qalibaf, ao Líbano, num avião que ele próprio pilotou.
Este gesto transmite uma mensagem de desafio à ocupação, mostrando que Teerão não tem medo das suas ameaças e já não dá ouvidos à sua agressividade. O empenhamento no apoio à resistência merece que se percorra o caminho do risco com coragem e sem hesitações.
O Irão diz a todos, de forma inequívoca, que a resposta a qualquer agressão israelita contra ele será dura. Esta resposta não afectará apenas o agressor directo, mas também os seus colaboradores, apoiantes e aqueles que permitem a utilização do seu território para facilitar a missão da ocupação.
Novas regras de combate estão a ser delineadas pelo Irão, confirmando que a sua estratégia em relação a "Israel" mudou e que a decisão de atacar a entidade ocupante será tomada numa questão de minutos.
Todos os alvos são legítimos, a capacidade existe, e muito mais. O recente ataque é um pequeno exemplo disso. A ocupação só entende a linguagem da força, a única linguagem que os combatentes do sul do Líbano falam com os soldados ocupantes. Os resultados foram grandes e significativos, travando o avanço israelita no contexto da guerra como um todo. Esta é uma análise do confronto fronteiriço publicada pela CNN.
Que conclusões se podem tirar até à data?
Primeiro: a crença de que o Hezbollah acabaria após o martírio de Sayyed Nasrallah, o líder da resistência, é uma ideia que os últimos dias provaram ser incorrecta.
Segundo: a suposição de que a eliminação rápida e certa da força militar da resistência seria inevitável após o martírio de Sayyed Hassan, juntamente com a continuação dos bombardeamentos e dos ataques aéreos, também se revelou incorrecta.
Terceiro: a ideia de que a rápida destruição do Hezbollah enfraqueceria necessariamente o Irão, levando-o a ser pressionado a render-se e a fazer concessões substanciais, é outro pressuposto incorrecto.
Quarto: Há um novo pensamento em Washington e entre alguns actores árabes, para não mencionar "Israel", relacionado com um plano recente cujo núcleo é enfraquecer o Hezbollah internamente, tanto popular como politicamente, e retirar-lhe qualquer apoio popular e político.
Também isto parece ser um erro, como o demonstra o forte apoio popular multiconfessional aos deslocados, onde quer que se encontrem. Este apoio é genuíno, em grande parte devido ao simbolismo que o mártir Sayyed Nasrallah representava, mas sobretudo porque Sayyed Nasrallah foi martirizado ao defender a Palestina, Al-Aqsa e Gaza, e porque foi "Israel" que iniciou a agressão e a guerra, não o Hezbollah.
Fonte: