Um "manicómio" onde os seus "pacientes" são "incitados ao ódio" por tudo o que está relacionado com a Rússia, enquanto que aqueles que se recusam a comer esta história são tratados como "violentamente doentes". É assim que a psiquiatra suíça Martina Soto Kohler descreve a atmosfera no Ocidente.
A coordenadora geral dos diplomados latino-americanos da URSS e da Rússia, disse ao Sputnik que foi mesmo "atacada gratuitamente" simplesmente devido à sua simpatia pelo gigante euro-asiático, onde estudou psiquiatria infantil.
Neste último contexto, ela relatou que, como resultado da propaganda anti-russa, tinham ocorrido ataques a alunos russos por crianças suíças "que eram geralmente muito educadas".
Ao mesmo tempo, os intelectuais do país "solicitados" pelos meios de comunicação social nacionais reconhecem em privado o seu medo de assédio se ousarem expressar uma visão diferente do conflito ucraniano da narrativa dominante que pinta a Rússia como o mau da fita.
"Todos os canais do mundo estão nesta guerra mediática contra a Rússia onde jazem terrivelmente", salientou Soto Kohler, observando que, por outro lado, "esta é uma oportunidade para a Rússia perceber que não pode confiar" no Ocidente.
"Compreendo que os europeus têm um sentimento anti-russo que não é de hoje, mas vem de há muitos anos atrás. Costumavam dizer que não gostavam da Rússia porque era comunista, mas esse não era o problema, porque hoje em dia a Rússia já não é comunista, tornou-se um país que adoptou o sistema capitalista, que negoceia com todo o mundo, e no entanto continuam a atacá-la, por outras palavras, o problema é diferente: o problema é que querem destruir a Rússia, quebrá-la em mil pedaços como fizeram com outros países, por exemplo, a Jugoslávia", sublinhou.
Soto Kohler é um dos signatários de uma declaração conjunta de diplomados das universidades soviéticas e russas, que expressa solidariedade com Moscovo "nas actuais circunstâncias difíceis para o povo russo, quando o país está quase completamente cercado pelo agressivo bloco da OTAN com o apoio directo dos EUA".
O texto diz que os meios de comunicação ocidentais desencadearam "uma guerra psicológica contra a Rússia e o seu presidente", com "desinformação total" que confunde até "alguns líderes latino-americanos".
Além disso, é expresso apoio às "populações das Repúblicas de Donetsk e Lugansk", onde a Rússia foi forçada a garantir a sua segurança.
Finalmente, salienta que a Rússia, o país que "libertou a Europa e o mundo inteiro do fascismo alemão, enfrenta mais uma vez uma ameaça neonazi" do regime de Kiev, que está a atacar os interesses do povo ucraniano.
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