Na segunda-feira de manhã, o Presidente do Conselho de Defesa Nacional, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, dirigiu uma reunião para avaliar a situação nas províncias orientais devido aos efeitos do Óscar. A reunião foi dirigida pelo membro do Bureau Político e Primeiro-Ministro, Manuel Marrero Cruz.
No início da manhã de segunda-feira, enquanto a região leste do país ainda estava sob a influência das chuvas e rajadas de vento causadas pela tempestade tropical Óscar, o Presidente do Conselho de Defesa Nacional, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, liderou uma reunião para avaliar a situação nessas províncias.
É em Guantánamo - explicou o primeiro coronel Luis Ángel Macareño, segundo chefe do Estado-Maior da Defesa Civil Nacional - o território onde se concentram as principais afectações neste momento.
A este respeito, o governador Alis Azahares Torreblanca explicou que há locais na província, como o município de Imías, onde há zonas que nunca tinham sido inundadas e agora estão, com as águas a atingirem até um metro de altura.
Neste sentido, o membro da Mesa Política e primeiro-ministro, Manuel Marrero Cruz, insistiu na importância de trabalhar com prioridade nestas zonas para evacuar as pessoas o mais rapidamente possível, porque o mais importante, disse, é “preservar a vida”.
Neste sentido, a governadora assinalou que, antes da chegada do fenómeno meteorológico, cerca de 9.000 pessoas tinham sido evacuadas em Imías e outras 6.000 em San Antonio del Sur.
Explicou também que, preliminarmente, os danos mais graves se concentraram nos municípios de Baracoa e Maisí. No primeiro, foram registadas 743 casas com danos nos telhados e outras 51 com desmoronamento parcial, enquanto no segundo, 340 casas perderam completamente os seus telhados e 667 perderam alguns dos seus telhados. Em ambas as zonas, disse, registaram-se também danos em instalações do Estado, como armazéns, depósitos, farmácias, escolas e outros.
Especificamente na agricultura, salientou que o café é a cultura mais afectada.
Referindo-se à recuperação dos serviços de electricidade, disse que apenas dez circuitos estão ligados, nove dos quais no município sede e um em El Salvador.
Mais tarde, durante a reunião, as autoridades das outras províncias afectadas também informaram que, em Holguín, por exemplo, tinham-se acumulado 48,6 milímetros de chuva nas últimas 12 horas e os reservatórios estavam a 73,3% no total. No que diz respeito à situação eléctrica, apenas três microssistemas estavam a gerar energia.
No caso de Granma, a chuva ocorreu principalmente nos municípios montanhosos, que estão sob monitorização permanente, e dos 113 circuitos eléctricos da província, 49 já tinham serviço, o que representa 51% dos clientes.
De Las Tunas, foi comunicado que cerca de 14.000 habitantes foram protegidos dos efeitos do Óscar. Quinze circuitos estão em funcionamento, 12 deles no município principal e os outros três em Puerto Padre, Jesús Menéndez e Manatí.
Foto: Estudios Revolución
No caso de Santiago de Cuba, a presidente do Conselho Provincial de Defesa, Beatriz Jhonson Urrutia, sublinhou que o principal impacto na economia é na maturação do café, razão pela qual começaram a armazenar cerca de 32 mil latas do grão para evitar que se perca devido à humidade.
Na altura da reunião, disse, cinco municípios da província não tinham recebido energia eléctrica nas últimas 72 horas.
No âmbito da reunião de trabalho, o director-geral do Instituto Nacional de Meteorologia (INSMET), Celso Pazos Alberdi, informou que, depois de atingir o leste de Cuba, o furacão Oscar começou a enfraquecer e voltou a ser uma tempestade tropical.
O movimento continuou a ser muito lento e foram registadas precipitações acumuladas entre 100 e 200 milímetros em vários locais, sendo Guantánamo e Holguín os locais com maior precipitação.
Os modelos de previsão concordam, disse, que até ao final de segunda-feira deverá começar a sair do território nacional, embora os efeitos das chuvas e das rajadas de vento continuem a fazer-se sentir.
Tendo em conta a situação na região oriental, o Presidente Díaz-Canel insistiu na necessidade de dar prioridade à evacuação das pessoas neste momento e, na medida do possível, efectuar um levantamento mais pormenorizado dos danos para poder agir mais rapidamente.
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Autora: Yaima Puig Meneses