Toda a gente se mostra chocada e indignada com a decisão do Supremo Tribunal de que Donald Trump e outros ex-presidentes são, em grande medida, imunes a processos criminais, como se o facto de os presidentes serem processados pelos seus crimes fosse algo que tem acontecido desde sempre.
É como se estivessem a dizer que as pessoas poderosas já não vão ter de cumprir as mesmas regras que as pessoas normais na América?
Acho que agora vão ter de libertar todos os antigos presidentes dos EUA que foram presos pelos seus crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Muito obrigado, Supremo Tribunal.
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Esses sintomas óbvios de demência não são sintomas de demência.
Esse genocídio óbvio não é genocídio.
Esses crimes de guerra óbvios não são crimes de guerra.
As provocações óbvias da NATO não são provocações.
Esta distopia óbvia não é uma distopia.
Esta propaganda óbvia não é propaganda.
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É hilariante a forma como o comentariado liberal se está a passar, não porque o seu presidente é um doente de demência, mas porque não têm a certeza se um doente de demência pode ganhar uma eleição.
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Ainda estou a receber liberais que fazem a coisa "VOCÊ É MÉDICA??" quando faço a observação de que Biden claramente tem demência. Não, eu não sou médica, só não sou cego. O que todos nós vemos quando olhamos para o Joe Biden é o que as pessoas normais querem dizer quando usam a palavra demência.
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Pessoa que vive no centro do império americano enquanto este assassina, mata à fome e maltrata pessoas em todo o mundo: "Se Donald Trump ganhar, a América pode tornar-se uma força tirânica para o mal!"
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Sionistas nos séculos XIX e XX: Yeeehaw! Vamos colonizar a Palestina tal como os colonialistas na Austrália e nas Américas!
Os sionistas actuais: É antissemita chamar a Israel um projecto colonialista; na verdade, é ANTI-colonialista porque os judeus são indígenas de Israel.
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Mãe palestiniana: [vê toda a sua família a ser morta por bombas fornecidas pelos EUA e a passar fome devido a um bloqueio apoiado pelos EUA]
Liberais ocidentais: Senhora, o que não consegue compreender é que o que está a ver é, na verdade, muito mais complicado do que parece. Pára de chorar, queres que o Trump ganhe?
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Israel é a manifestação material de uma discussão que o Ocidente tem tido consigo mesmo há gerações, entre os seus valores coloniais genocidas mais antigos e os seus pretensos valores dos tempos modernos. Entre os valores da justiça e do igualitarismo que nos ensinam a valorizar na escola e o facto de o Ocidente continuar a ser uma civilização selvagem e assassina que não transcendeu a sua barbárie da forma que julga ter transcendido.
A razão pela qual Israel se mantém neste estado de limpeza étnica, meio dentro, meio fora, em relação aos palestinianos, é em grande parte porque os apoiantes ocidentais de que depende a existência de Israel não apoiam totalmente um programa de extermínio ao estilo do século XIX para purgar a terra de uma população inconveniente. Como o Ocidente continua a ser uma civilização psicopata e sanguinária, continua a apoiar as montanhas de depravação israelita, mas, devido aos valores que afirma defender, também não tem o consenso público para avançar com uma solução final para a questão palestiniana.
Assim, até agora, Israel tem permanecido numa espécie de estase, com os palestinianos a viverem nesta estranha condição de semi-purgação e a continuarem a resistir, como qualquer população faria em tais circunstâncias. E agora chegámos a um ponto em que, basicamente, se diz ao Ocidente: "Ou caga ou sai da panela". Ou se empenham na eliminação total dos palestinianos através de um genocídio ou de uma limpeza étnica, ou mudam de rumo e começam, pela primeira vez na vossa miserável existência, a defender os valores que dizem defender. Ou se comprometem com a selvajaria do vosso passado genocida, ou se comprometem com uma verdadeira transformação civilizacional.
Gaza está a colocar-nos uma questão muito importante sobre nós próprios. A nossa resposta definirá o rumo do futuro de todo o nosso mundo.
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