This website uses cookies to ensure you get the best experience on our website.
Repórter de guerra conta como os EUA financiam os batalhões neonazis na Ucrânia

Lara Logan argumenta que o batalhão neonazi Azov recebe financiamento de Washington e da NATO, e recorda o papel da CIA nos acontecimentos que conduziram ao golpe de Estado de 2014.

A jornalista sul-africana Lara Logan explica numa entrevista à America's Voice AM que as notícias sobre o actual conflito na Ucrânia estão cheias de "desinformação", enquanto muitos dos actuais acontecimentos na Ucrânia passam despercebidos nos meios de comunicação social.


"Realmente, penso que há muita desinformação. Nunca vimos nada parecido. Há 35 anos que cobro guerras e nunca vi pessoas com as unhas pintadas com as cores da bandeira ucraniana. Estamos a ser colocados numa caixa onde temos de odiar Vladimir Putin e assumir todas as coisas más que são ditas sobre ele, e amar a Ucrânia, sem meio-termo", explica a antiga âncora da Nação FOX. "Há muito mais coisas a acontecer na Ucrânia do que se fala", acrescenta ela na entrevista, que foi ao ar na terça-feira.


Segundo Logan, o batalhão neo-nazi Azov é financiado pelos EUA e pela OTAN. "Pode encontrar fotografias deles [milicianos Azov] na Internet segurando a bandeira da NATO e a suástica. E, ao mesmo tempo, o seu próprio emblema contém o sol negro do ocultismo nazi, que era um emblema das SS. E também contém a insígnia lateral do relâmpago SS", sublinha ela.


O jornalista salienta que a Casa Branca quer criar a impressão de que se trata de uma pequena unidade. "Isto não é verdade. O batalhão Azov matou o seu caminho para a Ucrânia oriental", salienta Logan, acrescentando que os EUA não o querem admitir. "Foi por isso que a Crimea votou pela independência. É por isso que a Crimea queria estar com a Rússia", justifica ele.


O papel da CIA

Ao mergulhar no movimento nazi na Ucrânia, Logan recorda que a CIA, sob a liderança de Allen Dulles, "concedeu imunidade de acusação aos nazis ucranianos nos julgamentos de Nuremberga". Na mesma linha, ela diz que Washington e as suas agências de inteligência "têm uma longa história de financiamento e armamento" dos adeptos desta ideologia radical na Ucrânia.


O jornalista insiste que a CIA "patrocinou a revolução das cores" na Ucrânia que acabou por conduzir ao golpe de Estado de 2014, enquanto "seleccionava líderes" no país. Em particular, Logan evoca "a conversa telefónica vazada de Victoria Nuland [então Subsecretária de Estado para os Assuntos Europeus dos EUA] na qual ela e o embaixador dos EUA estão a decidir quem pode liderar a Ucrânia".


Ucrânia como centro de lavagem de dinheiro

Entretanto, Logan chama ao Presidente ucraniano Vladimir Zelensky, que foi "escolhido a dedo" por Washington, um "fantoche". "E honestamente, com a grande tecnologia e fraude eleitoral de hoje, não sabemos quantos líderes em todo o mundo foram seleccionados pelos Estados Unidos e não votaram realmente pelo povo", acrescenta ela.


Finalmente, o repórter recorda que Putin avisa há 15 anos que não tolerará que "os globalistas tomem conta do mundo, construindo instalações de armas biológicas, ou o que quer que estejam a fazer na Ucrânia". Ele também acredita que a Ucrânia se tornou um centro de lavagem de milhares de milhões de dólares americanos. "E nós não dizemos nada sobre isso. São os nossos dólares dos impostos", conclui ele.


Logan é uma jornalista nascida na África do Sul que cobriu actividades de guerra ao longo da sua carreira. Trabalhou para a rede americana CBS News de 2002 a 2018. Em 2020, ela juntou-se à Fox Nation, o serviço de assinatura da Fox News.

Fonte:

Deixar uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *


Math Captcha
38 − = 30


7b04795eec6df9aa76f363fc6baec02b-us20