Cuba agradece a solidariedade na reunião continental no México

Este evento “demonstrou que o movimento de solidariedade com Cuba no continente continua a ser um movimento vivo, diversificado e comprometido, que não se deixa intimidar pelas campanhas mediáticas nem pelas mentiras imperiais”, afirmou o diplomata ao encerrar o encontro de quatro dias.

Perante mais de 500 delegados provenientes de 35 países da América Latina, além do Canadá, Espanha, Líbano e Estados Unidos, Rodríguez apelou à continuação da multiplicação de iniciativas e à adesão de jovens, artistas, intelectuais e organizações populares.

“Continuemos a tecer redes, denunciando as injustiças, acompanhando Cuba, a Venezuela, a Palestina, Porto Rico e todos os povos que lutam pela sua soberania”, exortou o embaixador durante o evento no Complexo Cultural Dos Pinos, na capital.

Ele destacou os «intensos dias de reflexão, compromisso e irmandade» e a unidade em torno do princípio de que Cuba não está sozinha.

Ele observou que o bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos continua sendo o principal obstáculo ao desenvolvimento de seu país, mas também «uma prova constante de resistência e criatividade».

“Graças à vossa solidariedade, essa força moral que não pode ser bloqueada, Cuba conseguiu seguir em frente”, disse ele, referindo que durante o encontro também se insistiu na necessidade de fortalecer a solidariedade económica como um mecanismo para erodir esse cerco.

Nesse sentido, convidou os comités, coordenadores e redes continentais a aderirem a este compromisso, contribuindo não só com recursos e doações, mas também promovendo laços de cooperação sustentáveis com instituições cubanas.

Destacou a proposta de dedicar o ano de 2026 a destacar a figura do líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro, no centenário do seu nascimento, “promovendo o seu pensamento, o seu exemplo de luta, o seu compromisso com a justiça social e o seu amor pela humanidade”.

O diplomata acolheu com entusiasmo a iniciativa de organizar uma cimeira alternativa dos povos «como espaço legítimo de encontro, diálogo e articulação entre os movimentos solidários com Cuba e as causas justas que defendemos».

Esta, acrescentou, “ecoará as vozes que se pretendem silenciar ao excluir Cuba, Nicarágua e Venezuela da X Cimeira das Américas, e como expressão de uma América Latina e Caribe que não aceitamos imposições nem exclusões”.

Rodríguez expressou o seu agradecimento aos organizadores mexicanos e transmitiu a sua solidariedade às vítimas das intensas chuvas no país.

O encontro terminou neste domingo com uma declaração final em apoio à ilha e a outras causas, como a defesa da Venezuela e o apoio à Palestina.

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