Presidente Nicolás Maduro: “Não existe uma resposta global às alterações climáticas”.
"Surgiu uma corrente poderosa que são os supremacistas do norte que querem impor o negacionismo", disse Maduro.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, questionou a ausência de uma resposta global às mudanças climáticas, um dos maiores desafios para a humanidade.
Durante o Congresso Mundial em Defesa da Mãe Terra, na quinta-feira, o presidente da Venezuela disse que, embora 29 cúpulas da Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP) tenham sido realizadas, não há resposta global.
“Há bons diagnósticos, especialistas, cientistas”, mas não uma resposta conjunta.
“Eles não exageram os movimentos sociais, especialistas quando dizem que estamos a viver uma verdadeira emergência climática ao longo do nosso único planeta: o planeta Terra”, disse o chefe de Estado bolivariano, que apontou para a responsabilidade histórica das grandes potências na exploração de recursos e nas tendências negacionistas da mudança climática.
Ele disse que “os supremacistas imperiais negam que haja uma emergência climática real e aqueles que mais sofrem são os povos humildes do planeta”. Nesse sentido, conversou com os especialistas e convidados ao evento, sobre o crescimento exponencial de chuvas abruptas e destrutivas, as chuvas de monções, como expressão do aquecimento do Mar do Caribe.
“Surgiu uma poderosa corrente que são os supremacistas do norte que querem impor o negacionismo. Nossa luta é para deter os supremacistas e dos governos e povos de natureza popular as medidas de atenção, mitigação e resposta ao fenómeno da emergência climática, “insistiu o presidente.
Ele alertou que a mudança climática afeta o cotidiano das pessoas.
#ENVIVO | Presidente de #Venezuela 🇻🇪, Nicolás Maduro, lidera Congreso Mundial en Defensa de la Madre Tierra
— teleSUR TV (@teleSURtv) October 9, 2025
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Nicolás Maduro saudou o surgimento de “uma consciência global de consenso” para a atenção à emergência climática. Porém, alertou que a conscientização foi manipulada.
“Onde estão o Acordo de Paris, as propostas de Copenhaga, os compromissos assumidos, os fundos para melhorar as condições de vida, acções concretas e verificáveis para reduzir o processo de poluição do ambiente, da terra e dos mares? É uma pergunta a ser feita”, disse.
O presidente venezuelano se referiu ao dia 12 de outubro, o Dia da Resistência Indígena e dos povos indígenas, pelo vínculo das comunidades pelas lutas ambientais, pelos direitos ao uso sustentável da terra e ao cuidado do Meio Ambiente. Ele criticou aqueles que celebram o colonialismo e o genocídio, aderindo ao discurso do encontro entre culturas, para se referir à colonização violenta dos povos latino-americano e caribenho.
“Celebramos a esperança e a resistência”, disse.
Da mesma forma, o líder bolivariano criticou o modelo predatório do capitalismo, enfatizando a destruição da capacidade de vida auto-regulatória no planeta.
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