“Gringos, vão para o inferno!” Diosdado Cabello desmantela planos imperialistas dos EUA.
O ministro venezuelano acusou os Estados Unidos de confessarem abertamente o seu interesse em se apropriar dos recursos energéticos da Venezuela, desmontando as narrativas sobre democracia e terrorismo.
Na mais recente edição do programa televisivo Con el Mazo Dando, o secretário-geral do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello Rondón, apresentou um editorial repleto de denúncias e advertências sobre o que classificou como a verdadeira confissão do imperialismo norte-americano: a tentativa de se apropriar do petróleo, das terras e das riquezas da Venezuela.
Cabello, que também é ministro das Relações Internas, Justiça e Paz da Venezuela, referiu-se a uma mensagem atribuída ao presidente dos Estados Unidos, Donald John Trump, na qual ficaria evidente que as agressões contra Caracas não têm relação com a democracia, o narcotráfico ou o terrorismo, mas sim com o controlo dos recursos energéticos.
“Todas as máscaras caíram”, afirmou o ministro venezuelano, sublinhando que o discurso oficial de Washington é apenas uma fachada para encobrir os seus interesses em roubar os recursos económicos da Venezuela.
O ministro Cabello destacou que o que incomoda os Estados Unidos é a dignidade do povo venezuelano, que soube defender o que lhe pertence. “Se fosse um povo sem dignidade, os Estados Unidos não se importariam que tivesse petróleo, mas aqui há um povo digno que sabe defender o que lhe pertence”, afirmou, reivindicando a capacidade de organização e resistência da cidadania venezuelana face às pressões externas.
Cabello lembrou que, há 17 meses, o governo norte-americano vem empregando o que chamou de “terrorismo psicológico” contra a Venezuela, utilizando campanhas mediáticas e narrativas falsas para justificar sanções e bloqueios.
Perante estas agressões, assegurou que os venezuelanos responderam com firmeza, conscientes de que o objetivo central dessas agressões é apropriar-se dos recursos naturais.
“O que dizem sobre a Venezuela é mentira, não é verdade que ajudamos terroristas, isso são mentiras. Não é verdade o que dizem sobre o Comboio de Aragua, isso não existe”, enfatizou, desmontando as acusações que procuram criminalizar o país.
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— Con el Mazo Dando (@ConElMazoDando) December 18, 2025
Vale ressaltar que as afirmações do líder venezuelano são dirigidas à falta de provas apresentadas pelo Governo Federal dos Estados Unidos, que apenas apresentou uma acusação sem possuir provas sólidas que a sustentem.
Na sua intervenção, o líder do PSUV também atacou sectores da oposição que, segundo ele, agem como “lacaios do império“. Ele apontou directamente para María Corina Machado, a quem acusou de promover narrativas que buscam justificar intervenções militares e bloqueios económicos.
“Só uma pessoa com a alma profundamente corrompida como María Corina Machado e todos aqueles parasitas que a seguem podem afirmar que 60% dos venezuelanos são narcotraficantesp”, disse ele, rejeitando o que classificou como uma campanha de desacreditação contra a nação e contra os cidadãos.
Neste ponto, é preciso lembrar que Maria Corina Machado respondeu a várias perguntas em Oslo apontando seus compatriotas como colaboradores activos do narcotráfico, generalizando para 60% dos cidadãos.
Essa afirmação, inclusive, rompe com a narrativa de fraude eleitoral que seu candidato Edmundo González Urrutia denunciou após a derrota eleitoral que sofreram nas últimas presidenciais da Venezuela.
Cabello assegurou que a Venezuela é uma nação rica e diversificada, pelo que não precisa do narcotráfico como motor económico, salientando que este país é o que menos sofre com problemas de dependência química na região.
Nesse sentido, afirmou que a sua Venezuela tem a capacidade de se purificar dos agressores e que as tentativas dos setores da oposição de buscar apoio internacional para operações desestabilizadoras não terão sucesso.
O cartel está no norte e procura petróleo
Diosdado Cabello também associou María Corina Machado a interesses empresariais estrangeiros, indicando que ela é uma peça de corporações como a ExxonMobil e de figuras políticas americanas como Marco Rubio, que procuram saquear os recursos venezuelanos.
Segundo o ministro venezuelano, a extrema direita do seu país chegou mesmo a discutir planos com mercenários para executar acções violentas em embaixadas e gerar incidentes que provoquem reações internacionais contra Caracas.
#GringosVáyanseAlCarajo | @dcabellor: Ni una gota de petróleo puede salir de aquí para los Estados Unidos si agreden a Venezuela. ¡Ni media gota! pic.twitter.com/sjrJ4fQNuD
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Em resposta a Donald Trump, o ministro venezuelano destacou que o petróleo e os minerais pertencem exclusivamente à República e são bens de domínio público, inalienáveis e imprescritíveis.
Cabello insistiu que nenhum acordo ou pressão externa pode estar acima da Constituição venezuelana e que qualquer tentativa de justificar reivindicações estrangeiras sobre terras ou recursos será rejeitada.
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