Padrino: o hegemonismo troça da ONU e das mulheres venezuelanas
O Ministro da Defesa afirmou que a unidade é essencial em tempos de agressão.
O vice-presidente sectorial para a Soberania Política, Segurança e Paz, Vladimir Padrino López, afirmou que o hegemonismo ridicularizou a Organização das Nações Unidas (ONU) e as mulheres dos militares venezuelanos, razão pela qual a estratégia continua a ser a unidade.
Esta afirmação foi feita durante o seu pronunciamento no final da marcha pela Soberania e Paz, na terça-feira, onde os militares e o poder popular se uniram numa caminhada pelas principais avenidas do território nacional.
O general-em-chefe, da Avenida Bolívar em Caracas, expressou a sua satisfação pela grande quantidade de pessoas presentes. “Esta avenida é como um quadro, como uma fotografia. Uma avenida cheia de gente, cheia de soldados, soldados, de equipamento militar, da união perfeita, popular, militar, policial”, disse.
O ministro da Defesa sublinhou ainda que “é uma grande estratégia que construímos nos últimos anos sob o mandato do nosso comandante em chefe, o presidente Nicolás Maduro Moros. Não há ninguém que possa derrotar a estratégia da unidade, como disse Bolívar”, lembrou.

Sublinhou que, perante a agressão permanente, o cerco, a perseguição económica, a perseguição política e diplomática contra o governo revolucionário da Venezuela e o povo, a unidade nacional tornou-se uma realidade, “um tesouro divino da nossa pátria para enfrentar o que tiver de ser enfrentado e como enfrentá-lo”.
Ele reiterou que quanto maior a pressão vinda dos EUA, maior a preparação, que é baseada na consciência nacional. “Essa preparação, caros camaradas, irmãos e irmãs, passa pela unidade”.
Não estamos a brincar

Padrino afirmou que a situação actual dos venezuelanos não é um jogo e que “no momento certo” o povo passará à “luta armada, para defender esta pátria, centímetro a centímetro, para defender a honra nacional, a dignidade nacional. Não estamos aqui para brincar. Não estamos aqui para brincadeiras. No tempo e no espaço, não. Estamos a preparar-nos. Estamos a preparar-nos.
Burlas e execução

O ministro da Defesa condecorou na terça-feira cinco milicianas e declarou-as “soldados da pátria”, após o “escárnio” do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra elas e classificou de “supremacismo” os recentes comentários irónicos do Presidente norte-americano sobre a formação deste grupo de cidadãs.
“As mulheres milicianas que tenho aqui à minha direita, que vêm do estado de Sucre (nordeste) e cujo pulso não treme, (…) hoje foram condecoradas, por instruções do nosso comandante-chefe, Nicolás Maduro Moros, pela Força Armada Nacional Bolivariana”, disse o ministro.
“O escárnio tem muito pouco valor humano. O gozo é o desprezo pelos outros. É supremacismo. gozar é racismo. Quando alguém goza com alguém, com um ser humano que respira, que é de carne e osso, isso não pode ser chamado de outra coisa senão supremacismo. Vêem o resto do mundo como se fôssemos escravos, como se fôssemos selvagens. Vêem o resto do mundo de uma forma minúscula”, alertou.
Atribuiu este facto ao “hegemonismo imperial” que dispõe de toda a sua tecnologia e equipamento militar para intimidar e intimidar os povos do mundo.
“Aqui, nas Caraíbas, atribuíram-se a si próprios a tarefa de executar pescadores, homens e mulheres que podem ou não ter cometido actos ilegais, em vez de os levar a um processo judicial, como indica o direito internacional”, alertou o alto funcionário.
Padrino disse ainda que o hegemonismo ridiculariza a Organização das Nações Unidas (ONU), minimizando a ação e a razão de ser da ONU como organização multilateral mãe, matriz da manutenção da paz no mundo.
Segundo ele, os países que têm mais poder procuram acabar com a ONU.
“É o hegemon que não cumpre, que sabota, que faz a guerra, que mata crianças na Faixa de Gaza e lança bombas no Médio Oriente. É o hegemon imperial que não quer a paz no mundo. Nós amamos a paz e é por isso que nos estamos a preparar com armas para defender essa paz, para defender a paz”.
Relativamente à ridicularização das mulheres que pertencem à Milícia Bolivariana, afirmou que “os soldados venezuelanos da Força Armada Nacional Bolivariana estão na linha da frente na defesa das mulheres venezuelanas, da sua dignidade, da sua honra, da sua galhardia, da sua nobreza”.
As mulheres venezuelanas têm demonstrado que estão na vanguarda dos processos revolucionários, transformadores, políticos, sociais e produtivos do país, sublinhou.
“E agora, perante esta situação, as mulheres também saíram como uma vanguarda com as suas espingardas nas mãos para defender a paz, para defender a independência nacional, para defender a integridade territorial da Venezuela. Portanto, o escárnio, condenado pela Bíblia, é um ato de desprezo, um ato inaceitável neste mundo do século XXI, onde deve prevalecer a solidariedade humana, onde deve prevalecer o homem como centro, a vida, a existência humana no planeta, e não a sua destruição”, acrescentou.
As mulheres da milícia do estado de Sucre participaram na marcha e estiveram no palco com o Ministro da Defesa, que disse que o seu “pulso não treme” para defender a pátria.
Ele informou que as milicianas foram condecoradas pela FANB, por ordem do presidente Nicolás Maduro Moros.
“Vamos lutar, vamos lutar, pela paz da Venezuela e pela paz mundial. Portanto, não se enganem sobre a Venezuela. Estes tanques, estes soldados, estes milicianos e milicianas com armas que saíram para as ruas da Venezuela saíram para ficar nas ruas e demonstrámos isso no passado sábado, 20 de setembro. Por isso, queridos irmãos e irmãs, camaradas, convido-vos sempre à unidade”, sublinhou.
Pé de Chumbo
Padrino López convidou a caminhar com um pé de chumbo e “sempre junto com as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas, à unidade, ao caminho juntos, ao caminho da vitória, ao caminho da nobreza e ao caminho do amor à pátria. Viva a pátria. Viva a Força Armada Nacional Bolivariana. Viva a gente de uniforme. Viva o povo da Venezuela. Até à vitória sempre. Venceremos”, concluiu.
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