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Repressão na Argentina: ataque directo à imprensa na Marcha dos Reformados

"Eu estava a cobrir o protesto e o jacto de água me atirou ao chão. Não consigo ouvir bem. Foi um golpe forte", relatou um fotógrafo argentino perante as câmaras da C5N.

Em frente ao Congresso da República Argentina, a polícia reprime, com camiões cisterna e balas de borracha, os manifestantes que, como todas as quartas-feiras, exigem melhorias para os reformados e protestam contra os cortes nas prestações por invalidez.

A repressão, liderada pela ministra da Segurança Patricia Bullrich, atacou, entre outras pessoas, um repórter da imprensa que foi alvejado directamente por um camião cisterna da polícia.

Desta vez, os reformados foram acompanhados por trabalhadores do Hospital Garrahan, Avós da Praça de Maio e associações que reúnem pessoas com deficiência, em protesto contra os cortes do governo.

Citado pelo meio de comunicação argentino C5N, o fotógrafo Rodrigo Abd, da agência de notícias AP, foi evacuado pelos seus colegas para uma zona mais segura, depois de ter sido literalmente projectado pelo jacto de água que lhe atingiu em cheio na cabeça.

“Estava a cobrir o protesto e o jacto atirou-me ao chão. Não ouço bem. Foi um golpe forte”, relatou diante das câmaras da C5N.

O meio insistiu que as imagens deixaram claro que apontaram directamente para a cabeça do fotojornalista multipremiado.

A C5N destacou que a repórter Daniela Gian relatou como foi o ataque directo da polícia a parte da imprensa. “Sente-se o gás no ar. Há pessoas feridas, há uma pessoa ferida. Temos que ficar atentos ao jacto da mangueira, porque ele atinge muitos metros”, disse ela.

O Congresso está reunido com projectos da oposição sobre o financiamento das universidades e do hospital pediátrico Garrahan. 

A Mesa Coordenadora de Aposentados também se mobilizou junto com trabalhadores do INTA, INTI e Vialidad Nacional. O lema era único: impedir o desmantelamento do Estado e pedir salários dignos.
“Eles vetam as nossas aposentadorias e querem nos fazer desaparecer”, disse Beatriz, que tem 72 anos e é ex-professora.

Fonte:

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