Artigos de OpiniãoLeyla Ghanem

Gaza no coração da Humanidade e no centro do jogo político planetário

Uma enorme brecha foi criada entre o mundo ocidental e grande parte do resto do mundo devido ao envolvimento do primeiro no massacre dos palestinos de Gaza.

Uma enorme brecha foi criada entre o mundo ocidental e grande parte do resto do mundo. É evidente que o primeiro já não tem nenhuma lição a dar ao segundo em matéria de direitos humanos. A sua credibilidade nesse domínio, há muito questionada, ficará duradouramente afectada pelo seu envolvimento no massacre dos palestinianos de Gaza.

Trata-se, portanto, de uma perda sem precedentes da autoridade moral que os países ocidentais tanto reivindicam. É verdade que ainda conservam a força destrutiva que conseguem impor em muitos lugares do planeta, tanto no plano militar como no económico, mas as suas maldades ficaram mais expostas do que nunca. E mais ainda: este apoio militar e diplomático a Israel combina-se com restrições às liberdades civis nada menos do que em França, na Alemanha ou nos Estados Unidos, criminalizando os movimentos de solidariedade com os palestinianos.

As razões que levaram os dirigentes ocidentais a dar este “apoio incondicional” a Israel são de ordem geopolítica e conhecidas por todo o mundo, que ao mesmo tempo constata:

  • O terrível balanço. Conhecem-se os números oficiais das vítimas mortas directamente pelas bombas, mas se a isso somarmos as mortes indiretas causadas pelo bloqueio, pela interrupção da ajuda humanitária, pela fome deliberadamente orquestrada, pelo corte do abastecimento de água e pela destruição das infraestruturas sanitárias, o número real de pessoas assassinadas por Israel pode muito bem ultrapassar as 200 000 mortes. É um balanço chocante, um enorme desastre. No seu primeiro discurso após a batalha do “Dilúvio de al-Aqsa”, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu estabeleceu os dois principais objetivos desta operação militar: a eliminação do Hamas e o regresso dos reféns da Faixa de Gaza. Na realidade, oficialmente, o governo israelita não propôs como um dos seus objectivos declarados da guerra a transferência dos residentes da Faixa de Gaza, uma vez que isso constituía um claro crime de guerra. Mas as práticas israelitas na Faixa de Gaza e os apelos à deslocação anunciados por alguns funcionários israelitas demonstram que esta batalha é uma batalha existencial, pelo que há um esforço israelita para esvaziar a Faixa de Gaza dos seus habitantes.

  • É evidente que estamos a assistir à limpeza étnica de grande parte de Gaza, com os habitantes palestinianos confinados a um canto do enclave. O próximo passo será provavelmente uma tentativa de organizar a sua deportação para fora de Gaza. Ao mesmo tempo, o governo israelita deu carta branca aos colonos, apoiados pelo exército israelita na Cisjordânia, para atacarem a população local. Estamos, portanto, a assistir a uma limpeza étnica em curso também na Cisjordânia.

  • A fome é deliberadamente organizada para forçar os palestinianos a abandonar o território e, se não o fizerem, o seu único destino é a morte. Esta hecatombe humana marca a falência moral não só do Estado criminoso de Israel, mas também a derrota moral de todo o Ocidente. Theodor Herzl, o fundador do sionismo político moderno, escreveu no seu manifesto Der Judenstaat que os judeus construiriam “um posto avançado da civilização contra a barbárie”. O rosto bárbaro dos israelitas e dos seus aliados ocidentais está para sempre manchado com o sangue dos habitantes de Gaza. Diz-se que a inteligência artificial, em vez de ser usada para o bem dos povos, é utilizada, segundo médicos franceses que regressaram de Gaza, como arma de tortura. Foram inventados drones que imitam as vozes dos gatos para atrair as crianças e assim melhor exterminá-las; outros drones que imitam o choro de um bebé são colocados nos hospitais para atrair a atenção dos médicos e assassiná-los.

Digo-vos, em nome dos mártires, em nome dos sofrimentos, em nome dos gritos dos feridos sem anestesia, que vão pagar por esta violência..., diz Mustafá al Barguiti.

As 10 grandes lições do dia 7 de outubro

Dois anos se passaram desde o dia 7 de outubro e o debate sobre o impacto desse dia histórico continua em pleno andamento. Essa operação lendária serviu para trazer a Palestina de volta ao primeiro plano da cena pública ou, ao contrário, conduziu ao desastre que vive Gaza, ferida, agonizante, faminta, mas sempre resistente?

1ª Primeira lição

Uma das grandes lições da operação “O dilúvio de Al-Aqsa” é que ela demonstrou a capacidade de um pequeno grupo de combatentes, pertencentes a um enclave reduzido e submetido a um bloqueio há duas décadas, de desafiar os Titãs e levar a cabo com sucesso uma operação lendária pela sua dimensão, os seus objectivos e a sua técnica; tudo isto numa relação de forças terrivelmente desfavorável. A principal razão deste sucesso lendário reside no facto de as Brigadas Al-Qassam terem optado, tal como os combatentes vietnamitas e os libertadores da América Latina, pelo método da guerra de guerrilha e não pelo confronto clássico entre exércitos.
Se compararmos os métodos de combate adotados pela resistência libanesa na sua «guerra de apoio» a Gaza, observamos que, apesar dos objectivos políticos nobres e emancipadores da batalha de “apoio a Gaza”, os procedimentos utilizados inscreviam-se no método da guerra clássica, que consiste, por exemplo, em lançar foguetes à distância, quando havia a possibilidade de realizar operações pontuais através dos túneis. Os lançamentos de foguetes sem dúvida incomodavam o inimigo, mas não influenciavam efetivamente o equilíbrio de forças nem detinham a máquina de morte israelita, que utilizou sua supremacia aérea, suas armas sofisticadas e seus satélites para destruir as aldeias do sul do Líbano e assassinar os militantes (640 comandantes militares do Hezbollah foram assassinados durante esse período). Enquanto isso, no confronto no terreno que durou 66 dias a partir de 27 de novembro de 2024, os combatentes da resistência libanesa (400 homens) impediram que um exército convencional de 660 000 soldados israelitas, dotado de uma aviação sofisticada, pudesse penetrar nem um único quilómetro em território libanês; graças à técnica de guerrilha de atacar e voltar para o túnel que o Hezbollah domina na perfeição e que exportou para o Hamas. Esta lição é tanto mais importante quanto figura na revisão político-militar que está atualmente a ser debatida no seio da resistência, no âmbito dos esforços destinados a reconstruir e reorganizar as capacidades da resistência. Uma das perspetivas deste debate é adotar exclusivamente o método da «guerra popular de longa duração» descrito na sua época por Che, Giap e Georges Habach, do FPLP, e que também encontramos em Yahya Sinwar, o chefe das brigadas Al-Quassam.

2ª Segunda lição

A determinação do povo palestiniano de não se submeter ao jugo do colonialismo e continuar a resistir a uma guerra de extermínio, uma guerra de fome e um deslocamento infernal e humilhante; de permanecer firme diante do inimigo mais selvagem da história moderna. Esta batalha confirmou o fracasso do projecto sionista de subjugar o povo palestiniano e quebrar a sua dignidade. Durante os trinta anos de ocupação britânica, seguidos da Nakba e da colonização que já dura setenta e cinco anos, o povo palestino não deixou de se movimentar e inventar modelos de luta, desde a revolta até à Intifada, passando pela luta armada dentro e fora da Palestina contra os regimes árabes reacionários e alinhados com as políticas ocidentais. Georges Habbash decretou que “a luta pela emancipação da Palestiniana passa necessariamente pela queda dos regimes árabes reacionários”. E a história não o desmentiu. É preciso pensar num manual de formas de luta revolucionária para descrever o que o povo palestino ensinou aos militantes do mundo comprometidos com a luta emancipatória anti-imperialista. Ondas de líderes e militantes sacrificaram-se às centenas de milhares e continuam a marcar a nossa memória. Esta lendária marcha emancipatória continua a interpelar os militantes do mundo e dá-lhes coragem para enfrentar os predadores capitalistas.
Graças aos sacrifícios do teu povo, Palestina, continuas a ser a nossa bússola!

3ª Terceira lição

Pela primeira vez desde a ocupação da Palestina em 1948, o épico 7 de outubro revela que a Resistência na Palestina e na região é capaz de planear, organizar e dotar-se de uma estratégia de resistência a longo prazo; de escavar túneis e bunkers que exigem um grande domínio técnico de sistemas de ventilação e impermeabilidade; de se dotar, graças às suas próprias capacidades profissionais, de uma indústria subterrânea para fabricar localmente mísseis e munições; e de treinar combatentes heróicos e corajosos que atingem o coração do inimigo. Isso explica que, dois anos depois, diante de um inimigo tão temível apoiado pelo imperialismo ocidental, as brigadas al-Qassam, que perderam dois terços de suas forças, continuem realizando operações que causam danos aos seus inimigos.

4ª Quarta lição

Desde a criação do movimento sionista no final do século XIX e início do século XX e a Declaração Balfour, que prometia o estabelecimento de um “Estado judeu” em território palestiniano, nunca ficou tão claro que o objetivo deste projecto não era, como afirmavam os seus defensores, “resolver a questão judaica” ou “combater a perseguição religiosa e racial*” na Europa Oriental e Ocidental. Faz parte de uma estratégia colonial geopolítica cujo objectivo é dividir a região entre os impérios herdeiros da Primeira Guerra Mundial, em particular a Grã-Bretanha, a França e a Rússia czarista, a fim de estabelecer uma base colonial própria na Palestina e controlar e proteger os seus interesses expansionistas.

5ª  Quinta lição

Não existe Israel sem o Ocidente imperialista, sem os EUA. A 7 de outubro ficou claro que Israel não passa de um tigre de papel, como dizia Mao Tsé Tung, pois foi derrotado por um comando que, em poucas horas, conseguiu tomar o controlo das sedes de três grandes serviços de inteligência (o Mossad, o Shaback e a Unidade 8200) e fazer reféns. No dia seguinte, o Ocidente interveio diretamente: a força Delta enviou 2000 homens para supervisionar as operações contra Gaza, três porta-aviões da OTAN chegaram expressamente, 130 satélites foram colocados em funcionamento e vários pontes aéreas foram estabelecidas a partir da Europa para enviar especialistas militares, espiões e munições. Se para Israel esta guerra é existencial, também o é para todo o Ocidente; trata-se de manter a sua hegemonia sobre o mundo numa zona estratégica do ponto de vista geográfico e energético.

6ª Sexta lição

A necessidade de dominar e dividir o mundo árabe remonta à declaração de Balfour em 1916, que coincidiu com os acordos de Sykes-Picot. Esses acordos, ainda em vigor, tinham como objectivo repartir a herança do Império Otomano, apelidado de “o homem doente da Europa” por Nicolau I. Assim, o Líbano e a Síria ficaram sob tutela francesa, e o Iraque, o Egpito e a Palestina, sob tutela britânica. O objectivo era dividir a região árabe em pequenos Estados.

Hoje, esses acordos são questionados pelo enviado americano ao Líbano, Tom Barak (o novo governador do Líbano, assim como Paul Bremer foi para o Iraque), porque esses famosos acordos perturbam o projecto da Grande Israel.

De facto, os Estados Unidos e Israel consideram que a era dos Estados-nação chegou ao fim, pelo que é necessário desmantelar as instituições estatais de cada país e instalar Estados não soberanos. Isto equivale a provocar uma guerra civil permanente entre os diferentes clãs sociais e confessionais do país. Foi o que aconteceu no Iraque, na Líbia e na Síria, e é o que está a acontecer atualmente no Líbano, que se encontra sob o domínio dos Estados Unidos. Os Estados Unidos nomearam um comissário, Tom Barrack, que supervisiona o governo, cujos membros foram eleitos pela embaixada americana, o governador do banco central, os juízes, o exército…

7ª Sétima lição

Um plano americano para desarmar a resistência libanesa. Desde o cessar-fogo com Israel em 27 de novembro de 2024, o Líbano está sob o mandato dos Estados Unidos por meio da comissão que supervisionava os acordos, da qual também fazem parte a França e a FPNUL (Força Provisória das Nações Unidas no Líbano), mas são os ianques que dão as ordens. Desta forma, Israel, que durante a batalha não conseguiu penetrar nem um centímetro na fronteira libanesa, aproveitou-se do acordo violando 1600 vezes o cessar-fogo para completar a sua tarefa de perseguir os membros do Hezbollah, destruir as aldeias de onde vinham os tiros e agir à sua vontade, sem qualquer resposta por parte do Hezbollah que, após perder o seu líder histórico Nasrallah a 27 de setembro e toda a sua liderança militar, a Força al-Hajj Radwan, tentava reorganizar-se.

O cessar-fogo previa o desarmamento da zona limítrofe com a Palestina ocupada ao sul do rio Litani, mas em vez de entregar as armas apreendidas à resistência, a comissão americana de cessar-fogo ordenou a sua destruição. Recordemos, no entanto, que nem os Estados Unidos nem qualquer outro país ocidental aceitaram jamais que o Líbano ou qualquer outro país árabe importasse armas e adoptasse uma política defensiva.
Um documento ditado por Barrack ao Governo prevê a extensão da soberania (sob a bota americana) do Estado libanês sobre todo o território e a exclusividade da decisão de guerra e paz por parte das instituições legítimas (sic) libanesas. Em particular, menciona o desarmamento progressivo de todos os atores não estatais, em primeiro lugar o Hezbollah, em todo o país, incluindo o norte e o sul do Litani, com a entrega de armas pesadas (mísseis, drones, etc.) ao exército libanês (mentira).

Para garantir a sua aplicação, o texto recomenda a criação de um mecanismo de acompanhamento dirigido pelos Estados Unidos, com a participação da França, do Líbano, de Israel e da ONU, e o reinício das reuniões de coordenação com periodicidade bimestral. Este plano é um projecto programado de guerra civil e não pode ser levado a cabo porque a base do exército, composta por cidadãos do sul e da Bekaa, se uniu ao Hezbollah e desobedeceria às ordens. É importante notar que um comité representativo das mães de 7000 mártires mortos pela dignidade do Líbano anunciou que as mães e irmãs desses mártires impedirão com unhas e dentes qualquer tentativa de desarmar a resistência.

A resistência perdeu uma batalha, mas não a guerra. Ela continua viva.

8ª Oitava lição

O sangue palestiniano e os interesses económicos dos predadores. O compromisso dos governos dos Estados Unidos, do Reino Unido e da União Europeia com a guerra de extermínio em Gaza demonstra que a sua pretensão de defender a democracia, a liberdade e os direitos humanos através do sistema das Nações Unidas (que utilizaram durante toda a Guerra Fria) não passa de uma arma ideológica ao serviço dos seus interesses estratégicos no mundo e dos seus interesses geopolíticos no Médio Oriente para controlar uma região que compreende fontes de energia, vias marítimas internacionais que se encontram na encruzilhada do que eles chamam de “cadeias de abastecimento”, que facilitam a pilhagem dos recursos naturais e ligam os continentes da Ásia, África e Europa.

A estratégia dos Estados Unidos para o domínio de Israel no Médio Oriente é um plano meticuloso que foi apresentado por Biden no âmbito da estratégia do “Novo Século Americano”, baseada na criação da rota das especiarias indianas em oposição à rota da seda chinesa. São necessárias rotas marítimas desde a Índia, no Oceano Índico, até ao mar de Omã, passando pelo mar Vermelho e pelos Emirados Árabes Unidos; incluía corredores terrestres e ferroviários para a Arábia Saudita até ao porto de Haifa, em Israel, que se tornaria um ponto de partida para a Europa e África através do canal Ben Gurión, paralelo ao canal egípcio de Suez, passando por Gaza como “centro turístico” e de serviços financeiros para empresários e investidores no comércio e na corrupção.

Paralelamente, outra rota vai da Índia e do Paquistão para a Ásia Central, Azerbaijão e Turquia, até ao mar Mediterrâneo, passando pelos portos da China e da Rússia em direcção ao Golfo, ao estreito de Bab al-Mandeb (entre o Iémen e Djibuti) e ao mar Arábico. Esta rota desemboca em Israel para partir em direcção à África e à Europa. Assim, Trump manteve o plano de Biden, acrescentando o “corredor Trump” entre a Arménia e o Azerbaijão, sob a proteção e os investimentos dos Estados Unidos, para evitar a passagem obrigatória pelo Irão. Esse era um dos objetivos do ataque contra o Irão.

9ª Nona lição

A guerra contra o eixo da resistência não foi uma consequência do dia 7 de outubro; estava prevista nos seus planos. A obstinação americana revelou, portanto, que o compromisso da administração Biden de levar a cabo diretamente a guerra genocida provém de uma decisão preparada pelos Estados Unidos, pela Grã-Bretanha e pelos governos da União Europeia antes do dia 7 de outubro. Isto remonta à data em que Biden apresentou Israel em 15 de janeiro de 2021 sob os auspícios do “Comando Central Americano” (CENTCOM) e numa sala de operações conjuntas com a Grã-Bretanha, a União Europeia e 21 países árabes e asiáticos “para combater o terrorismo” e para a cooperação. A administração Biden preparou-se para a guerra de extermínio dois anos antes de 7 de outubro, e antes de Netanyahu apresentar o mapa da Grande Israel à Assembleia Geral das Nações Unidas. Na sala central de operações dos Estados Unidos, a Grã-Bretanha, através da sua base em Chipre, realizou missões diárias para vigiar o céu do Líbano, Palestina, Síria e toda a região, e para compilar uma base de dados de inteligência com informações de 21 países. O Comando Central dos Estados Unidos era responsável por planear a condução da guerra e fornecer planos e armas a Israel e às bases militares.

10ª Décima lição

Talvez a lição mais importante do dia 7 de outubro seja a divisão sincronizada do mundo gerida pelos funcionários e servidores dos países da ordem mundial que controlam a consolidação do sistema da selva selvagem em benefício de alguns oligarcas das finanças, da tecnologia digital, do investimento, do mercado, do comércio, da pilhagem da riqueza, do ambiente, da biodiversidade… Eles são carregados nos ombros por um grupo de pessoas que aceitam a escravidão e, ao contrário deles, são livres no mundo, recusando-se a submeter-se à nova escravidão para manter os seus direitos e o direito de apreciar a sua humanidade acima de qualquer afiliação religiosa, étnica, geográfica e identitária.

A linha divisória entre o mundo dos predadores bárbaros instalados no topo da pirâmide internacional e os defensores da humanidade que se mantêm na base da pirâmide social mundial é a libertação da Palestina, que se tornou a bússola e, ao mesmo tempo, o trampolim da luta contra o obscurantismo sionista, mas também da luta de classes anticapitalista.

Fonte:

Autora:

Leyla Ghanem

Leyla Ghanem, Antropóloga, jornalista e comunista libanesa

"Para quem está cansado da narrativa única." 🕵️‍♂️

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